Viajar para comer é uma das minhas grandes satisfações na vida! Museus e pontos turísticos são legais, mas é no repertório gastronômico de uma cidade que a vida pulsa. Garimpando restaurantes eu sempre acabo descobrindo pessoas e histórias incríveis – ou, no mínimo, curiosas. São Paulo é uma visita gastronômica maravilhosa porque concentra um pouco de tudo que o planeta Terra oferece. É difícil fazer escolhas nessa imensidão, mas não há como fugir de alguns clássicos paulistanos.
O Mercado Público de São Paulo, por exemplo, é uma dessas paradas obrigatórias, onde você pode ser muito feliz ou cair em enrascadas homéricas. Já falei sobre o dia em que um feirante me convenceu a comprar 400 reais em frutas (relembre AQUI), mas aprendi a lição e depois publiquei um post sobre o que comer de melhor no Mercadão (relembre AQUI)!
Dessa vez, tirei dois dias de folga depois de passar a semana trabalhando em São Paulo e consegui fazer um roteiro gastronômico espetacular mesmo com tempo curto. Num bate e volta do fim de semana, dá pra experimentar os clássicos da megalópole sem gastar muito. A primeira coisa a se considerar estando em São Paulo a lazer é a localização de sua hospedagem. Por sorte ou destino, encontramos uma casinha fofa no bairro do momento em São Paulo: Pinheiros. Faço questão de compartilhar aqui a nossa hospedagem porque fomos realmente muito bem recebidos (clique AQUI pra conhecer o chalé do Tomaz). Se não tiver como reservar com o senhor Tomaz, aposte em algo as redondezas. Partindo dessa localização, conseguimos fazer muita coisa a pé!
Brunch no Futuro Refeitório
O futuro é plant-based e deliciosamente feito à mão, com cozinha aberta, preço camarada, sorriso no rosto e informalidade na medida. O Futuro Refeitório é um daqueles lugares super-requisitados no bairro de Pinheiros e funciona do café da manhã ao jantar, com menu baseado em legumes, grãos, verduras e uma panificação deliciosa.
Ao longo do dia, o menu vai mudando, mas minha escolha foi aproveitar um brunch paulistano no meio da manhã. Por R$ 34, escolhi esse prato de avocado, bacon feito pela casa, ovos orgânicos mexidos, iogurte e uma espetacular fatia de pão tostado. Comecei com um café e terminei com uma mimosa de toranja, como todo brunch pede!
*no próximo post, vou escrever especificamente sobre o Futuro Refeitório, porque o lugar é realmente um tesouro.
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Feijoada clássica de sábado
É um programa tradicional dos paulistanos, não tem como escapar do sábado de feijoada. Escolhemos um endereço supertradicional que acaba de completar 50 anos de tradição: o Sujinho. O restaurante na Consolação é bastante simples, mas a fila é grande – mesmo às três da tarde!!!
A feijoada é servida na mesa e faz jus à fama. Vem acompanhada de arroz, farinha de mandioca, torresmo, linguicinha, bisteca de porco, couve, etc e tal. Não tem farofa e não tem laranja. Um alerta de tamanho considerável na primeira página do cardápio leva a conhecimento do cliente que o Sujinho não aceita nenhum tipo de cartão – pagamento apenas em dinheiro! Escolha a sua feijoada de sábado e aproveite a orgia gastronômica.
Clique AQUI para saber mais sobre o Sujinho!
Sanduíche de Pastrami
Se você precisa de um motivo muito bom para esperar duas horas na fila de um bar, te dou esse sanduíche de pastrami do Fôrno, bar cool em Vila Buarque que trata a carne como uma verdadeira iguaria. Eles marinam a carne por dias antes de defumá-la e servir um sanduíche de pastrami que beira o sensacional. Dentro dele, além do pão macio e delicioso, tem maionese de mostarda e picles.
O bar em si fica no sobrepiso de uma casinha de esquina. O lugar é pequeno, mas muito simpático, com cozinha aberta e um forno a lenha de onde saem pizzas que também parecem deliciosas. A espera é na calçada e existem bancos e mesas altas onde se pode pedir um petisco ou algo para beber. O ponto alto da fila é a simpatia da hostess, que não perde a pose diante de tanta gente reclamando atendimento.
O resultado financeiro da nossa espera de duas horas foi que gastamos mais em cerveja na fila do que no jantar propriamente dito – mas valeu a pena pelo pastrami, com o plus de um mousse de chocolate amargo que foi, SEM SOMBRA DE DÚVIDAS, o melhor que já comi na vida.
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Parada obrigatória no Eataly
O Eataly tem se transformado num programa para turistas em São Paulo. De fato, os locais não frequentam tanto quanto os visitantes, mas se você tem a chance de conhecer uma unidade do Eataly em qualquer lugar do mundo, não pode deixar de fazê-lo – não apenas para comprar vinhos, queijos, massas, azeites, mas, principalmente, para sentar e fazer uma boa refeição.
O ponto alto do Eataly é sentar no balcão de um dos oito pontos de alimentação, que se dividem em pontos de interesse, como carnes, massas, pães, etc. Nunca tinha ido ao Mare do Eataly São Paulo e acertei no pedido do atum selado com pistache e servido com cenouras orgânicas de diferentes cores e molho de cítricos. Um prato verdadeiramente colorido e saboroso que eu tornaria a repetir em qualquer momento.
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E tudo termina em pizza!
Os paulistas dizem que em São Paulo estão as melhores pizzas do Brasil – eu até não duvido, mas difícil é eleger uma boa pizzaria quando se tem um exemplar a cada esquina. Seguimos a lógica da proximidade geográfica para chegarmos a pé à nossa última refeição antes de tomar o rumo de volta e acabamos por encontrar a simpática Bráz Elettrica, uma pizza expressa de autoatendimento, onde você pede na fila, busca no balcão, pega sua bebida e depois limpa sua mesa.
A pizza é realmente muito boa e destaca vegetais. Foi uma boa escolha pra fechar esse roteiro breve por São Paulo.
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